Caminho da Fé - Um resumo da história

Inspirado no Caminho de Santiago de Compostela, na Espanha, o Caminho da Fé nasceu em fevereiro de 2003 na cidade de Águas da Prata, com o objetivo de dar a infraestrutura e o apoio necessário às pessoas que peregrinam até o Santuário Nacional de Aparecida.

Em meio a exuberante natureza da Serra da Mantiqueira, por estradas de terra, trilhas e trechos de asfalto, passamos por cidades do Sul de Minas e do Vale do Paraíba, já em São Paulo, conhecendo pessoas, culturas e histórias de vida. São aproximadamente 540 Km (para quem sair de São Carlos, um dos ramais do Caminho) de muita reflexão e aventura.

Seguindo sempre as setas amarelas, o peregrino reforça a sua fé superando todas as dificuldades do caminho. Além de aprender a viver com o pouco que necessita numa mochila, desfazendo-se do supérfluo, o peregrino demonstra toda sua humildade compreendendo a simplicidade das pousadas e das refeições.

A partir dessa semana, você acompanha aqui, no "Aventura 2x2" uma série de postagens que vão mostrar a minha passagem pelo Caminho, que pela terceira vez percorri reforçando a minha fé, a minha humildade e renovando minhas energias para continuar na trilha da vida.

Caminho da Fé 2013!

Fala aventureiros de plantão! Para quem pensa que o "Aventura2x2" saiu do ar, muito se enganou. Infelizmente, ou felizmente, depende de como cada um enxerga as situações da vida, estive bastante ocupado ultimamente com diversas outras coisas e, acabei não publicando mais aqui no blog. Mas a vida continua, e não posso deixar de lado aquilo que une duas coisas que eu gosto muito: o ciclismo e escrever.

Então, nada melhor do que compartilhar com vocês uma série de postagens sobre uma das mais fascinantes  e emocionante aventura que já fiz e, pelo quarto ano consecutivo, lá vou  eu novamente: o Caminho da Fé.

Serão postagens contando o dia-a-dia da viajem, com fotos, vídeos e muito mais. E, para começar, uma edição de vídeos e imagens do que nos espera nessa peregrinação, todas as cidades, distritos e vilas que iremos passar desde a saída de frente da Catedral de São Carlos-SP, até a emocionante chegada à Basílica de Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida-SP.

É isso ai pessoal. A aventura está só começando... Aguardem!!!

Serra da Canastra - Janeiro 2013

Demorou, mas ficou pronto! Confiram o vídeo com algumas imagens da viajem à Serra da Canastra.

Serra da Canastra: mais fotos!

São João Batista do Glória: como chegar.

Para quem sai de São Carlos, existem duas rotas até São J. B. do Glória, ambas com a mesma distância, 282 km e aproximadamente 4 horas e 15 minutos de viajem. Ambos os caminhos tem pedágios!

Quem for por Ribeirão Preto, passará, entre outras cidades, ao lado de Batatais, Altinópolis, São Sebastião do Paraíso, Itaú de minas e Passos.

Já quem for por Porto Ferreira, passará, entre outras cidades, ao lado de Casa Branca, Mococa, Arceburgo, Monte Santo de Minas, saindo em São Sebastião do Paraíso, passando também por Itaú de Minas e Passos.

O Google Maps ainda sugere um terceiro caminho, indo pela estrada de Analândia e Pirassununga. Mas, para quem quiser ir por essa região, compensa mais ir por Porto Ferreira e Casa Branca, economizando tempo e andando menos. A não ser que você queira ver alguma paisagem diferente por esse caminho!

Serra da Canastra – São João Batista do Glória, MG (Parte 02)

Caminhos de pedra, com
muita pedra...

Depois de um belo almoço com uma comidinha mineira (um tanto quanto "pesada" para quem iria pedalar a tarde inteira ainda) seguimos nosso passeis rumo ao ponto turístico conhecido como mirante. Foi com a barriga cheia e o calor (não digo o sol porque estava meio nublado) da tarde que conhecemos um pouco dos verdadeiros caminhos e trilhas da Serra da Canastra. Enfrentamos subidas, não muito ingrimes, mas com o chão de pedra, além de muitas soltas e água escorrendo pelas valas. Praticamente impossível de se pedalar.

Rio sendo atravessado

Continuando a trilha, finalmente conseguimos pedalar alguns quilômetros, num trecho de pasto, quando nos deparamos com o maior rio que tivemos de atravessar. Com uma largura de aproximadamente uns 10 metros, esse rio tinha muitas pedras (assim como toda serra) no seu leito e uma profundidade em torno de meio metro, além de um pouco de correnteza, o que impossibilitava passar pedalando.

Campo aberto no meio da Serra

Passado esse "obstáculo" que só nos trouxe mais aventura, encaramos mais um pouco de subida, agora "pedalável", e finalmente, como sempre, todo esforço é recompensado pela natureza, entramos numa área de pastagem, um campo aberto num ponto já alto da Serra, onde ainda víamos, de um lado, o que faltava para subir, e de outro, todo o começo da Serra.

Subindo rumo ao mirante

Fizemos uma parada para reunir o pessoal e dar aquela hidrata, pois dali em diante seria um longo trecho de subida para chegarmos no mirante. Subida agora que dava para pedalar, porém bem ingrime, com pedaços até concretados para que carros possam passar, exigiu um pouco mais de esforço tanto para quem pedalou quanto para quem empurrou.

Buraco da cachoeira do mirante

Mas foi só começar se aproximar do mirante para mais uma vez, ser recompensado. Um dos pontos mais altos da Serra, ao lado do mirante temos um rio com suas quedas d'água que cortam uma imensidão de rochas. E basta olhar para o horizonte que  podemos enxergar o Rio Grande e mais ao fundo Passos. Uma vista maravilhosa.

Vista da Pousada do Mirante
(Rio Grande e Passos)

Descansados e apreciando a paisagem, decidimos tocar um pouco mais a frente, até uma pousada próxima dali, para tomarmos um refrigerante, e onde pudemos apreciar um pouco mais essa vista maravilhosa que a Serra nos proporciona. Como já era tarde e estávamos bastante cansados, voltamos desse ponto para São J. B. do Glória, pelos estradões que ligam as pousadas onde se passa de carro normalmente.

Maria Augusta: um pouco da cachoeira.

Cachoeira vista de cima

  A Cachoeira da Maria Augusta está localizada na divisa dos municípios de Delfinópolis e São João Batista do Glória na Serra da Canastra. No local existe um restaurante, pousadas e camping.

Para visitar a cachoeira é necessário deixar o veiculo no estacionamento do restaurante seguir por uma estrada a pé por mais dois quilômetros ou, se você estiver com veiculo 4x4, moto de trilha ou bike, é possível chegar até a cachoeira. Vale informar que exitem 3 rios no caminho.

Rios no acesso à cachoeira

É cobrada uma taxa de visitação de R$10,00 ( pode ser alterado o valor) por pessoa.

Cachoeira no dia do pedal. Cheia devido as chuvas

Serra da Canastra – São João Batista do Glória, MG (Parte 01)

Companheiros de viajem.

Conhecendo novas trilhas, a paisagem da vez foi a Serra da Canastra, em Minas Gerais. Saímos de São Carlos na sexta-feira a tarde, com destino a São João Batista do Glória, uma das seis cidades abrangidas pela Serra. Com  pedal marcado para sair no sábado logo pela manhã, aproveitamos a agradável noite da sexta-feira para conhecer a cidade, que como em toda e boa pequena cidade mineira, vemos muita gente nas calçadas e praças jogando uma boa conversa fora. Mas, o melhor foi ir dormir, pois não sabíamos o que nos esperava e sairíamos bem cedo na manhã seguinte.

Saindo para pedalar,
em frente a pousada.

O dia estava amanhecendo, o sol ainda nem tinha nascido e já estávamos acordados, montando e preparando as magrelas para rodar, antes mesmo do café da manhã ser servido. Logo chegaram os guias, o carro de apoio, tudo foi se ajeitando e a ansiedade aumentando.

Estradas no pé da serra

Chegada a hora de partir, o pedal começou com um bom trecho de estradão, como estamos acostumados nos nossos pedais de final de semana. E assim seguiu praticamente até a pousado onde almoçamos. Não podemos esquecer de todo o apoio oferecido durante o percurso, com os guias e a van, onde tínhamos água, isotônicos e frutas nas rápidas paradas durante todo o trajeto.

Começo da serra: subidas
e pedras soltas.

Antes do almoço, seguindo o programado para o dia, aproveitamos para dar um mergulho na cachoeira Maria Augusta. Ninguém pode dizer que foi para Serra da Canastra e não ter visitado pelo menos uma cachoeira né? 

Cachoeira Maria Augusta

E foi nesse trajeto de 3 km entre o restaurante e a cachoeira que pudemos ver o que nos esperava a tarde: a verdadeira serra, com seus caminhos cheio de pedras e rios para atravessar, sem contar as subidas.

Mas a natureza sempre recompensa com suas paisagens. Um espetáculo, a cachoeira estava cheia devido as chuvas, com uma água bem gelada, mas nada que impedisse um mergulho para "lavar a alma" e renovar as energias.

Pinguela

Ahh, não posso esquecer de contar da pinguela, que tem de ser atravessada ao sair do restaurante para ir até a cachoeira. Uma aventura a parte, essa pinguela deve ter uns 30 metros, o que fazia com que ela balançasse bastante, dificultando sua travessia com a bike do lado.

O fim do mundo falhou e o blog voltou!

2013 chegou! O mundo não acabou e o “Aventura 2x2” voltou. Depois de alguns meses fora do ar, o blog volta com marcha pesada. Continuaremos com o mesmo perfil, dando dicas sobre o mundo do ciclismo, desde a escolha de uma bicicleta, de seus equipamentos e acessórios, passando pelos alongamentos e preparos necessários antes de sair para mais uma pedalada, até sugestões com fotos, vídeos e relatos dos mais diversos lugares para se pedalar. Enfim, um pouco de tudo o que eu vivo e busco no mundo do ciclismo.

Já em janeiro, se tudo der certo, trarei um pouco de como é pedalar na chamada parte baixa da Serra da Canastra, em São João Batista do Glória-MG. Para os próximos meses, alguns outros pedais estão sendo programados, mas como ainda não foram confirmados, vou deixar como surpresa para vocês meus companheiros. Mas enquanto isso, muitas postagens com dicas e curiosidades do ciclismo já estão sendo preparadas para irem ao ar.

É isso ai pessoal, espero que continuem me acompanhando e vamos seguir viajem juntos aqui no “Aventura 2x2”.